sábado, 12 de junho de 2010

A linguagem como companhia

Acabo de ler o último número da  revista Conhecimento Prático-Literatura. Há uma entrevista realizada por Ítalo Meneghetti com Galeno Amorim, visceralmente ligado aos livros. A certa altura, o entrevistado diz: " Apesar de solitário, um escritor jamais está sozinho. Tem em suas mãos a melhor ferramenta que o artifício humano criou: a linguagem. Com ela pode mover o mundo. Todas as gentes. Todos os lugares. Todos os tempos."

Verdade. A linguagem é uma companhia. Quem escreve sabe. Depois, concluído o livro, vem alívio ou uma certa nostalgia, e a tendência é se começar imediatamente outro. Ou sobra a sensação de vazio, de quase-viuvez. Como se a linguagem fosse um ente, um ser tangível que se (es)vai...
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Nivaldete Ferreira é autora dos livros "Sertania", "Trapézio e outros movimentos" (poesia), "Memórias de Bárbara Cabarrús" (romance), "Entre o Carrossel e a Lei" (teatro), entre outros.

2 comentários:

  1. Eis aí, Nivaldete: o diálogo se inicia. Hoje a internet caseira avariou e estou numa lan, aonde não pude trazer os parágrafos que ora me fazem companhia, a companhia das letras, como a editora diz.
    Valendo. Até breve.

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