quinta-feira, 18 de agosto de 2011

VOLTANDO

Rápido retorno ao tragatemas, que mostra novos rostos.
Só um breve toque, prometendo LOGO voltar para atualizar.
Êta 2011! Esse excedeu em velocidade.
Produção e leitura repartidas entre arte e poesia.
Livros livros livros livros.
Escrever e publicar transgredindo a reforma ortográfica.
Pintar moinhos de vento em paredes de viadutos.
De volta a Natal, continua a chover, mas já não copiosamente, e sim com brandura. 




 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

REJANE

Seja bem vinda, Rejane, minha ex-aluna. E traga temas!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

em tempo ainda: bem vinda, Ericheta! e traga os seus mil temas, filosóficos, musicais, poéticos, ou simplesmente paulistanos, dando conta de como vai a vida por aí. mas mostre a cara no painel dos autores, OK?

dois momentos...

amigos, seguem hoje (abaixo) dois links para imagens e sons, no youtube. são momentos encantadores, de que muitas vezes precisamos: as irmãs Irina e Christina, soprano e mezzo, interpretam lindamente a barcarolle Belle Nuit, o Nuit d' Amour, dos Contos de Hoffman, de Offenbach, e Nora (the piano cat), bichana homeless, que adotada por uma professora de piano vai aplicadamente praticando o ofício das teclas. se ainda não conhecem, confiram e digam se valeu a sugestão.
http://www.youtube.com/watch?v=TZ860P4iTaM

http://www.youtube.com/watch?v=is0Lb4cj_3c

terça-feira, 15 de junho de 2010

quem ainda se lembra do pra frente, Brasil, salve a seleção,  deve farejar no ar alguma tramoia, enquanto os apitos ansiosos se antecipam aos chutes, neste 15 de junho que mais parece domingo que terça feira. a resposta será a mensagem que recebi duma ong ambientalista, conclamando protestos de assinaturas contra uma estação de desmatamento livre a ser votada à pressa, no congresso? enquanto a cerveja rola, as hostes pecuaristas avançam. que remédio? - diriam os portugas. e nós aqui: fazer o quê?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Cá estou, numa wire less jurássica, idade da pedra lascada, sem polimento algum nem qualquer pressa, desafiando a impaciência. o que me leva a refletir: será que ainda nos desacostumaremos um dia da velocidade, cada vez mais indispensável, pelo menos à comunicação de produções, indagações, reflexões, se é que tudo isto não é pretexto pra acelerar?

Nivaldete: seu texto me faz lembrar um poema já antigo, em que uma minha personagem-autora ruminava, e do qual transcrevo duas estrofes, em homenagem aos parceiros desta companhia:
E viva afinal esta saga dos poetas

que as horas sem emprego têm por suas.

Gente de bordo – filósofos com canetas -

perambulando em labirintos de ruas.
.....................................................................................


Pois dizem ser assim a vida – um mal sem cura,

que se recomenda aturar com apatia.

Seja lá como for, salve a literatura,

em quem sempre se pode achar companhia.

Interessantes estas suas observações, Jozias, como aliás tudo o que você escreve. Rubem Fonseca não foi meu caminho, as leituras são assim, fazem-se conforme escolhas que afinal nem são livres, nem tampouco arbitrárias. Leituras são (como tudo) labirintos, quando não caleidoscópios, através dos quais nos perdemos, quando mais supúnhamos que nos achávamos. 

O  que agora leio: além dos mergulhos proustianos, em linhas revoluteantes, e as associações filosóficas/sociológicas/psicanalíticas do Zizek, passeei por linhas fáceis de um livro gracioso, primorosamente editado pela designer Ana Luisa Escorel: O Pai, a Mãe e a Filha. Memórias duma paulista, nascida em 1944, filha do mestre Antônio Cândido. Evocações sugestivas, intercaladas pelos sinais duma menina que sabia ser cruel.

Podia transcrever algum trecho das precisas e incisivas observações proustianas, mas neste notebook, em wireless, faz mais sentido trazer um trecho da entrevista que o inglês John Berger deu a O Globo, sobre as questões políticas atuais, mais especificamente, sobre a nova ordem econômica mundial:

Você pode chamar de neoliberalismo, globalização, o mundo das forças de mercado, ou como eu chamo, num pequeno panfleto, um mundo sob a tirania de um fascismo econômico.


 


.
























NOVOS PARCEIROS

Então, amigos, abro o novo blog e vejo que já tem dois parceiros. Eu é que antes de voltar com temas terei de resolver este inferninho da conexão relutante. Me aguardem. Ciao ciao.

domingo, 13 de junho de 2010

...chegando...

Obrigado pelo convite, um blog que se propõe a ser um espaço para discussão é sempre bem-vindo!
O que estou lendo: Feliz Ano Novo, do Rubem Fonseca. Na verdade, uma releitura.
Os últimos livros do autor me deixaram decepcionado, comentei no meu blog os erros e a fraqueza do texto de O Seminarista; e me veio uma dúvida: será que mudou R.F. ou mudei eu? será que o escritor do texto vigoroso e das tramas bem resolvidas foi perdendo a força (afinal, 85 anos) ou será que os tais livros que na minha memória são maravilhosos na verdade não são tão bons assim?
A tarefa que me impus foi reler todo o R.F., em ordem cronológica. Já reli os livros de contos Os prisioneiros (1963), A coleira do cão (1965) e Lúcia McCartney (1967), o romance O caso Morel (1973) e, hoje, o primeiro conto de Feliz Ano Novo (1975), justamente o conto que dá título ao livro e que certamente foi o caso da proibição do livro em tempo de censura na ditadura militar.
Minha conclusão? simples: são bons mesmo, demais, crescem com a releitura. Os contos apresentam alguns caminhos que não foram depois desenvolvidos pelo autor (por exemplo, invenções formais, em especial nos contos de Lucia McCartney), mas em sua maioria já apontam para o que depois se identificou como "a marca R.F.", principalmente após os livros dos anos 1980.
Feliz Ano Novo, o conto, então, é uma porrada. Premonição da violência que iria tomar conta, pela impunidade, do Rio e demais cidades do Brasil, uma violência depois exacerbada pelas drogas pesadas, pelo crime organizado, pelo crack. Escrito em 1975, portanto ainda muito antes do governo Brizola no Rio iniciar a política de convivência/incentivo à ocupação das favelas pelo crime organizado. Mostra uma violência gratuita, absurda, extrema, e que, naquela época deve ter parecido muito longe de nós, quem diria.
Enfim, continuo minha tarefa.

sábado, 12 de junho de 2010

A linguagem como companhia

Acabo de ler o último número da  revista Conhecimento Prático-Literatura. Há uma entrevista realizada por Ítalo Meneghetti com Galeno Amorim, visceralmente ligado aos livros. A certa altura, o entrevistado diz: " Apesar de solitário, um escritor jamais está sozinho. Tem em suas mãos a melhor ferramenta que o artifício humano criou: a linguagem. Com ela pode mover o mundo. Todas as gentes. Todos os lugares. Todos os tempos."

Verdade. A linguagem é uma companhia. Quem escreve sabe. Depois, concluído o livro, vem alívio ou uma certa nostalgia, e a tendência é se começar imediatamente outro. Ou sobra a sensação de vazio, de quase-viuvez. Como se a linguagem fosse um ente, um ser tangível que se (es)vai...
________
Nivaldete Ferreira é autora dos livros "Sertania", "Trapézio e outros movimentos" (poesia), "Memórias de Bárbara Cabarrús" (romance), "Entre o Carrossel e a Lei" (teatro), entre outros.

leituras

boa noite, futuros parceiros deste novo blogg, que difere do anterior porque se destina ao diálogo, pretende e convida companhias diversas. o que aqui se pretende é o entrecruzar de tudo, o trazer de temas em formas quaisquer de texto e traço: reflexões, produções, indagações, descobertas. um espaço que se promete, pelo menos, sincero (no sentido etimológico do termo, que significa: transparente).

começo por dar breve notícia de duas leituras que ora faço em viagem pelo sudeste: o segundo volume de Proust, como ensaio à releitura dos sete que compõem sua recherche du temps perdu, façanha que há anos me prometo, uma vez que quando o li tinha só 19 anos, era muito imatura para absorvê-lo; e a visão em paralaxe, do Zsizek, no qual Marx, Freud, Kant e Hegel se entrecruzam com personagens e cenas de filmes e livros, temas atuais como pedófilos e homófobos, no caldeirão da crise profunda que estamos vivendo.